Documento/Processo, 1460/01/05 – 1460/01/05
O concelho do Porto reconhece a dívida de 20 000 reais brancos ao prior de Santa Maria de Refoios de Lima em virtude da compra de umas casas na Rua da Estrebaria da cidade do Porto cujo valor global é de 40 000 reais.
Documento/Processo, 1467/04/03 – 1467/04/03
João Gonçalves, almocreve, filho de Gonçalo Afonso e Maria Anes, sua mulher, traziam aforada, a título perpétuo, uma courela de chão junto à porta da judiaria pela renda anual de 30 soldos da moeda antiga (São Miguel de Setembro). Agora pediam autorização à Câmara para doarem metade da dita courela a Moisés Gatel, gibeteiro, e a sua mulher, judeus, que ficariam de igual modo com um aforamento perpétuo e a pagar de renda 15 soldos. No presente documento vem transcrito o prazo de João Gonçalves (datado de 1456, Março, 22. Porto). No fim do documento estão dois pequenos textos (feitos pelo escrivão da Câmara Fernão Gonçalves e datados de 1469, Outubro, 25, Porto e 1473, Dezembro, 29, Porto) com outros tantos pedidos de Moisés Gatel à Câmara a fim de que esta lhe outorgue a referida metade da courela. Das duas vezes os oficiais concelhios responderam afirmativamente, estipulando-lhe um limite de tempo para que fizesse na sua propriedade a casa e as benfeitorias a que se tinha obrigado no contrato e que ainda não fizera.
Documento/Processo, 1467/11/14 – 1467/11/14
A Câmara do Porto afora, a título perpétuo, a Afonso Álvares, espadeiro, e a Sancha Fernandes, sua mulher, parte das águas do rio da Vila “ a so a caal do Souto acerqua do pardieyro que foy azenha” pela renda anual de 1 libra da moeda antiga (São Miguel de Setembro).
Documento/Processo, 1461/12/15 – 1461/12/15
A Câmara do Porto afora, a título perpétuo, a Fernão Gonçalves e a Maria Fernandes, sua mulher, uma courela de chão na rua do Souto, pela renda anual de 15 soldos da moeda antiga (São Miguel de Setembro).
Documento/Processo, 1455/06/16 – 1455/06/16
João de Aragão, criado do Infante D. Pedro e escudeiro e vassalo do rei, e Violante Gil, sua mulher, emprazam, por três vidas, a Samuel Marcos, gibiteiro, e a Rica, sua mulher, judeus, umas casas com seu enxido na judiaria, pela renda anual de 400 reais brancos da moeda corrente (São Miguel de Setembro).
Documento/Processo, 1463/12/17 – 1463/12/17
João Lopes, filho de Lopo Gonçalves do Souto, mercador, e criado de Lourenço Domingues, mercador, como procurador de Leonor Anes, sua tia e viúva do dito Lourenço Domingues, empraza, por três vidas, a João Anes, ferreiro, e a Inês Afonso, sua mulher, umas casas na rua do Souto, pela renda anual de 15 libras da moeda antiga, a serem pagas a Leonor Anes (São Miguel de Setembro). Além disso, João Lopes já recebera 1000 reais brancos “dante maão em parte de pago do dicto aluguer”. Os novos foreiros ficariam ainda a pagar outra renda anual da qual, no entanto, desconhecemos o montante e o destino (concelho? cabido?). Em acrescento feito ao texto do documento, no dia seguinte, o tabelião resumiu a procuração feita em Coimbra por Leonor Anes a seu sobrinho João Lopes.
Documento/Processo, 1475/07/15 – 1475/07/15
João Salvadores e Margarida Gonçalves, sua mulher, vendem a Martim Lourenço e a sua mulher todas as herdades que possuem na freguesia de São Romão de Aguiar de Sousa, com os encargos que pagam ao senhor da terra, pelo preço e révora de oitocentos reais brancos.
Documento/Processo, 1478/01/08 – 1478/01/08
João Carneiro, o Velho, mercador, vende com o consentimento de João Carneiro, seu filho, a João Brandão, cavaleiro da Casa do Rei e seu contador na cidade e almoxarifado do Porto, e a Beatriz Pereira, sua mulher, metade do campo da quinta que foi vinha na Honra e freguesia de Peroselo (a outra metade já pertencia a João Brandão) e dois foros que ele, vendedor, recebia pelos casais que traziam João Anes e Fernão Álvares, tudo pelo preço e révora de dois mil reais brancos. No mesmo dia, Inês Anes, viúva de Afonso de Coiros e filha do dito João Carneiro, o Velho, deu o seu consentimento à referida venda (isto se contém num registo acrescentado pelo tabelião ao texto da carta de venda).
Documento/Processo, 1464/01/13 – 1464/01/13
João Lopes, mercador e criado de Lourenço Domingues de Coimbra, mercador, como procurador de sua tia Leonor Anes, viúva do dito Lourenço Domingues de Coimbra, vende a João Anes, ferreiro, e a Inês Afonso, sua mulher, umas casas com seus enxidos na rua do Souto (pagavam foro à Sé e ao cabido do Porto) pelo preço e révora de 10 000 reais brancos. Em 2 de Julho do mesmo ano, João Anes tomou posse das referidas casas - o auto de posse, feito pelo mesmo tabelião, vem registado no verso do pergaminho.
Documento/Processo, 1461/12/15 – 1461/12/15
Traslado em pública forma dos seguintes documentos: 1.1. D. Afonso V manda que se publique e execute a bula do Santo Padre (datada de 1461, Novembro, 18, Torres Novas). 1.2. O bispo da Guarda apresenta a bula recebida do Papa estipulando, seguidamente, um conjunto de regras que deveriam ser respeitadas pelos clérigos em questões de justiça, vestuário, etc. Nesta carta vem trasladada em versão original, em latim, e em tradução portuguesa a bula papal (datada de 1461, Outubro, 6, Abrantes). 1.2.1. O Santo Padre, em bula dirigida ao bispo da Guarda e a pedido de Afonso V estabelece várias disposições sobre o vestuário, a tonsura e os costumes em geral do clero a fim de evitar os frequentes abusos e desmandos (datada de 1461, Abril, 29, Roma. São Pedro). O traslado foi solicitado pelo concelho do Porto.