Série, 1920 – 1923
PT-CMP-AM/PRI/CLDV/4698
Os filmes que resultam das proezas dos Puertollanos no Porto, com a escalada ao topo da Torre dos Clérigos (“Um Chá nas Nuvens”), e em Lisboa, com a subida ao zimbório da Basílica da Estrela (“Desafiando a Morte”), deixam Raul de Caldevilla entusiasmado com o poder promocional deste novo meio. Em 1920, parte para Itália e para França, onde visita várias produtoras cinematográficas. De Paris, traz o projecto o seu próprio estúdio de cinema, a erigir na Quinta das Conchas, em Lisboa.
O plano de actividades da divisão cinematográfica, a Caldevilla Film, prevê oito adaptações literárias de autores portugueses, bem como vários filmes curtos sobre as maravilhas naturais e sobre o progresso industrial do país. Destes, vários serão apresentados ao público mas apenas se concluem duas longas-metragens: “Os Faroleiros” (1922) e “As Pupilas do Senhor Reitor” (1924).
Contudo, o investimento nesta nova indústria revelou-se demasiado exigente para as finanças da empresa (sobretudo tendo em conta que, em simultâneo, decorria a instalação de uma nova oficina litográfica no Porto). O administrador e principal investidor da empresa, João Lopes de Oliveira, força uma contenção de custos nas produções cinematográficas. Caldevilla, em desacordo, sai da empresa em 1923.
1 envelope; 2 folhas
Arquivo Histórico