Casa do Porto. Séc. XVII-XX

Produtor, 1600 – 1900


A Casa do Porto é herdeira da “Procuradoria do Porto” já referida em documentos do arquivo da Casa de Abrantes datando do século XVIII. Porém, os Sás já dispunham de procuradores no Porto desde o início da centúria anterior para administrar os bens que possuíam em Aguiar de Sousa, Matosinhos, Gondomar, Gaia e Santa Marta de Penaguião.
Em 4 de Fevereiro de 1863, D. José Maria da Piedade de Lencastre, 7º marquês de Abrantes, por força da lei que decretara a abolição dos morgados em 30 de Julho de 1860, procede à junção, união e anexação dos morgados que possuía nos distritos administrativos do Porto (Bouças, Gaia, Gondomar e Aguiar de Sousa), Aveiro (Sever do Vouga) e Vila Real (Penaguião e Fontes), criando o denominado morgado da Casa do Porto.
Por procuração de 9 de Agosto de 1870, José Maria Ferreira de Azevedo e Castro, comerciante na cidade de Lisboa, é nomeado procurador do Marquês de Abrantes para administrar a Casa do Porto. Sucede-lhe, a partir de 21 de Março de 1877, na administração da Casa do Porto, Miguel Ribeiro Pereira Nobre, negociante de vinhos na cidade. Na qualidade de procurador do Marquês de Abrantes, incumbia a Miguel Ribeiro Pereira Nobre fazer a cobrança de todos os foros, censos e rendas da mesma casa, arrendá-los global ou parcialmente pelo tempo, preço e cláusulas que entendesse, fazer renovação de prazos, conceder licenças para vendas, hipotecas, trocas e outras divisões das propriedades, agir livremente em quaisquer questões com foreiros ou outras pessoas... e subestabelecer os poderes dessa procuração no todo ou em parte em um ou mais procuradores. Assim, a documentação que integra esta secção é constituída por inventários de bens, registo de remições de foros, registo de cobranças, acções executivas por foros, listas de arrendamentos, etc.
Quanto ao período compreendido entre 1920 e 1942, não possuímos informação sobre como foram geridos os bens da Casa de Abrantes, nem grande volume de documentação sobre o assunto. Deverá ter existido uma administração na década de 30, sob o nome de “Administração da Casa de Abrantes”. Nos documentos que possuímos para esta época surge o nome de José de Almeida, que assina como procurador de D. Pedro de Lencastre e Távora. Trata-se de um dos sócios da futura “Administração dos Domínios Directos da Casa de Abrantes Limitada, o que parece indicar ter havido uma continuidade entre uma e outra.

  • Unidades Documentais

  • Descrição
    • Outras formas
      • Morgado da Casa do Porto
      • Procuradoria do Porto
    • Tipo de entidade Coletividade

    • Código parcial CP
    • Data de produção 1600 – 1900
    • Data de existência 1600 – 1900
    • Zona geográfica

      Porto (Bouças, Gaia, Gondomar e Aguiar de Sousa), Aveiro (Sever do Vouga) e Vila Real (Penaguião e Fontes),