[Escritura de venda de quatro moradas na judiaria que Diogo Afonso fez a Benjamim "o Moço"]

Diogo Afonso, escudeiro, criado de Aires Gomes da Silva e mestre da balança da moeda do Rei no Porto, como procurador de Isabela Gomes da Silva, viúva de Pedro Gonçalves, do conselho do Rei e vedor da Fazenda, vende a Benjamim ?o Moço?, ourives, filho de Abraão Benjamim e a Samuel Francês, filho de Efraim Francês e a suas mulheres, todos judeus, quatro moradas na judiaria que foram de João de Burgos, almoxarife, e de Inês Lopes, sua mulher, e mãe de Isabela Gomes da Silva, pelo preço e révora de 5700 reais brancos.
No presente documento vem transcrita a procuração que nomeia Diogo Afonso (datada de 1445, Maio, 13).
Aos 14 dias do mesmo mês e ano, os referidos judeus tomaram posse das casas ? o auto de posse vem registado no mesmo documento.
No verso do pergaminho encontra-se um documento em mau estado de conservação que parece ser uma ordem executória do juiz Baltazar da Nóbrega (datado de 1530, Maio, 6, Porto)