Paris : rio Sena e catedral de Notre Dame : pintura

Documento/Processo, [190?] – [190?]

PT-CMP-AM/PRI/FGD/F.NV:FG.M:9:740(15)


Vista da Catedral de Notre Dame e do rio Sena em Paris, 1897, por Câdido da Cunha.
António Cândido da Cunha viveu entre 1866 e 1926. Em Barcelos, onde nasceu e passou a infância, manifestou especial propensão para o desenho e música. Tais inclinações, deve tê-las herdado do pai, José Joaquim da Cunha, conhecido em Barcelos como desenhador de projetos de arquitetura e como músico. Cândido da Cunha frequentou a Academia de Belas Artes do Porto entre 1887 e 1894. Seus mestres foram António Sardinha, em Arquitetura Civil (classe em que obteve o Prémio Soares dos Reis em 92), Marques de Oliveira em Desenho e João A. Correia em Pintura Histórica. Foi nesta modalidade que Cândido da Cunha terminou o curso, precisamente com a apresentação de Agar e Ismael no deserto, prova classificada com 18 valores, merecedora de menção de louvor por parte do júri académico. Ainda no Porto, integrou entre 1893 e 97 as Exposições d’Arte, promovidas por António José da Costa, Marques de Oliveira, Marques Guimarães e Júlio Costa. Na fase, compreendida entre 1896-1898, o pintor estudou em Paris, na Academia Julian, sob proteção régia e a expensas do Estado português. Aí se aperfeiçoou com Jean-Paul Laurens e Benjamin Constant. Prova de que foi muito apreciado pelos seus mestres na capital francesa foi a admissão, em 1898, no Salon parisiense, com o Viático na aldeia, tela que havia realizado na Bretanha, em Finisterra. Este trecho valer-lhe-ia uma 3ª medalha na Exposição Universal de Paris de 1900. Após o regresso a Portugal, em finais de 1898, iniciou um novo ciclo que viria a revelar-se bastante produtivo, de tal modo o pintor se deixou seduzir pelos motivos de paisagem da região de Barcelos, arredores de Esposende e Águeda. Esta época ficou marcada pela apresentação pública nas mostras da Sociedade Nacional de Belas Artes em Lisboa (entre 1902-1915) e no Porto (entre 1909-1911). Em finais de carreira, compareceu em diversos certames de iniciativa particular, levados a efeito na cidade do Porto. Quando Joaquim Lopes lhe chamou “pintor das horas crepusculares” estava a referir-se a temas como este por si tratados, “... Temas vividos nas horas tranquilas do amanhecer e do declinar do dia, absorvendo-lhes toda a beleza cromática”.

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    Paris : rio Sena e catedral de Notre Dame : pintura
  • Descrição
    • Identificador 302941
    • Código parcial F.NV:FG.M:9:740(15)
    • Arquivo
    • Produtor
    • Dimensões

      0,130 x 0,180 m; 1 negativo em vidro

    • Local de consulta

      Arquivo Histórico

    • Cota

      F-NV/FG-M/9/740(15)


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