Produtor, 1957 – 1960
Em 1954, foi constituída uma Comissão Nacional, sob a orientação da Academia Portuguesa de História, incumbida de promover as comemorações do 5.º Centenário da Morte do Infante D. Henrique, em 1960.
O Município do Porto, através do seu Gabinete de História da Cidade, participou ativamente neste grande movimento de homenagem ao Infante D. Henrique.
Em 1957, realizou-se a tomada de posse da Delegação do Porto da Comissão Nacional, nos Paços do Concelho da cidade. Esta foi encarregada pelo Presidente das Comissões Nacional e Executiva, Prof. Doutor José Caeiro da Mata, de organizar e dirigir as comemorações no Porto.
Era constituída pelo Reitor da Universidade do Porto, Professor Doutor Amândio Tavares, como presidente, e pelos Professores Doutor Fernando Domingues Magano Júnior e Doutor Luís de Pina, bem como por Artur de Magalhães Basto, António Augusto Ferreira da Cruz, João Albino Pinto Ferreira e o Arquiteto Rogério dos Santos Azevedo (vereador e representante da Câmara Municipal do Porto).
O ciclo comemorativo nacional teve início em 4 de março de 1960, em Lisboa, e prolongou-se até 13 de novembro em várias localidades do país.
O Centro de Estudos Humanísticos, anexo à Universidade do Porto, organizou um ciclo de estudos sobre o Infante D. Henrique, no âmbito de um acordo de cooperação com a Delegação do Porto para as comemorações henriquinas.
Outra das iniciativas desta comemoração foi a abertura, em 30 de abril de 1960, no Gabinete de História da Cidade, da exposição documental de evocação henriquina “O Porto no Limiar das Comemorações do V Centenário da Morte do Infante D. Henrique (1460-1960)”.
Na Biblioteca Pública Municipal do Porto inaugurou-se uma exposição bibliográfica em 10 de julho de 1960.
Uma das principais preocupações da comissão encarregada das comemorações no Porto foi a aquisição do edifício onde, segundo a tradição, teria nascido o Infante D. Henrique. Este objetivo concretizar-se-ia em 8 de agosto de 1960 com a realização da escritura de doação à Câmara Municipal do Porto, pelo Banco Nacional Ultramarino, do prédio conhecido por Casa do Infante.
Finalmente, na área fluvial do Ouro foi erigido um monumento à memória dos calafates e outros obreiros da frota de Ceuta, da autoria do escultor Lagoa Henriques, inaugurado em 27 de agosto do mesmo ano.