Mercado do Anjo. 1839-1948

Produtor


Em 1833, D. Pedro IV concedeu à Câmara Municipal do Porto o terreno e a cerca pertencentes ao extinto Recolhimento do Anjo, para naquela zona se construir um mercado público.
No ano seguinte o Município encomendou ao arquiteto da cidade um projeto para o espaço. Este plano foi aprovado em sessão de Câmara de 8 de março desse ano. Em 1837, após a demolição do Recolhimento do Anjo iniciaram-se as obras de construção. O desenho da área do mercado tinha forma triangular, apresentando ao centro um chafariz para uso das vendedeiras. Os lugares de venda dispunham-se em redor do espaço envolvente com a frente voltada para o seu interior. O Mercado do Anjo abriu ao público em 9 de julho de 1839, sendo os lugares de venda arrendados pela Câmara.
No início do século XX, houve necessidade de construir um novo mercado por razões de ordem urbanística e higiénica. A Câmara propôs a renovação da praça do Mercado do Anjo e, em 1905, o projeto do novo edifício, da autoria do arquiteto José Marques da Silva, foi aprovado pelo município.
Em 1936, a necessidade de melhorar do ponto de vista urbanístico esta zona da cidade, rica em património edificado, levou a Câmara a abrir concurso para a criação de um novo mercado. A transferência do Mercado do Anjo para instalações provisórias dá-se em 1948, no local onde funcionara o Mercado do Peixe, por sua vez deslocado para a Casa da Roda.
Com a construção do Mercado do Bom Sucesso em 1952, os vendedores transferem as suas bancas para o novo edifício. Nos terrenos anteriormente ocupados pelo mercado, junto à Cordoaria, viria a ser construído o Palácio da Justiça.

  • Unidades Documentais

  • Descrição
    • Tipo de entidade Coletividade

    • Código parcial MA1
    • Data de existência 1839 – 1948
    • Zona geográfica

      Porto (concelho, Portugal)

    • Funções, ocupações e actividades

      Venda de géneros (vendedores de hortaliça, fruta, carne de porco fresca, aves e produtos secos).

    • Enquadramento legal

      Decreto de 20 de maio de 1833.

    • Estrutura interna

      Dois funcionários municipais lançavam diariamente nos livros as quantias arrecadadas. No mercado estavam também destacados dois vigias da Câmara que trabalhavam por turnos e um varredor.