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Em 1849, a preparação da cerimónia de embarque do corpo do rei Carlos Alberto da Sardenha levou o vereador encarregado da Inspeção das Praças e Mercados a solicitar ao diretor da Alfândega do Porto autorização para mudar provisoriamente o mercado do peixe do Cais da Ribeira para o Cais dos Guindais.
Após este acontecimento, o mercado do peixe continuou nos Guindais, o que deu origem a um litígio entre a Câmara e a Alfândega da cidade. A Alfândega pretendia que o mercado saísse daquele local, devido ao prejuízo que causava na fiscalização da entrada dos vinhos, que se efetuava no mesmo espaço.
A utilização do terreno no Cais dos Guindais necessitava de prévia licença do Governo para ali se poder vender peixe, por ser do domínio público. Daí que a Câmara Municipal tenha requerido autorização à Rainha para estabelecer o mercado. O pedido é concedido por Decreto de 25 de junho de 1851, estabelecendo-se aí um mercado volante, com a condição de ficar sem efeito logo que aquele local se tornasse necessário para o serviço das obras da barra do Douro ou para outro fim de interesse público.
O Mercado do Peixe do Cais dos Guindais acabou por funcionar até 1950, sendo extinto por deliberação do executivo camarário para permitir arranjos urbanísticos no local onde estava instalado.