Mercado do Peixe. 1834-1949

Produtor


A venda de peixe na cidade do Porto está documentada desde a Idade Média. O abastecimento era feito a partir dos portos de Matosinhos, Foz do Douro, Póvoa do Varzim, Espinho e outras vilas pesqueiras.
No final do século XVIII, a feira do peixe fazia-se na Alameda da Cordoaria, junto aos Armazéns dos Celeiros do Pão. A reima do peixe (água que escorria do peixe) secou várias árvores naquele local, razão pela qual o Senado da Câmara decidiu mudar o sítio de venda para o Largo de São João Novo.
Em 1834 a venda de peixe voltou a instalar-se junto aos Celeiros do Pão, num pequeno barracão mandado construir pela Câmara, tornando-se um mercado fixo.
Por razões de higiene pública o município decide aprovar em 1868 a planta para um novo Mercado do Peixe, da autoria do engenheiro civil Gustavo Adolfo Gonçalves e Sousa, que viria a ser construído um ano mais tarde no mesmo local.
Este edifício - amplo, iluminado e elegante - abriu ao público a 8 de março de 1874, passando a centralizar o comércio do peixe até meados do século XX.
A partir de 12 de janeiro de 1949, o Mercado do Peixe passa provisoriamente para um espaço mais reduzido, junto à Casa da Roda. Para o anterior edifício do Mercado do Peixe foi transferido o Mercado do Anjo.
Em 1950, com a construção do Mercado do Bom Sucesso, destinado a alojar os vendedores dos mercados do Anjo e do Peixe (ambos a funcionar na Cordoaria), este espaço deixa de funcionar como ponto de venda, sendo os dois edifícios demolidos. Nesse local viria a ser construído pouco depois o Palácio da Justiça do Porto.

  • Unidades Documentais

  • Descrição
    • Tipo de entidade Coletividade

    • Código parcial MPC
    • Data de existência 1834 – 1949


    • Zona geográfica

      Cordoaria - Porto

    • Funções, ocupações e actividades

      Venda de peixe, carne verde e miúdos de boi.

    • Língua
      Portuguese