Laboratório Químico Municipal. 1884-1907

Na sessão de Câmara de 26 de setembro de 1881, o presidente Correia de Barros propôs que na cidade se criasse um laboratório químico para assegurar a qualidade dos géneros alimentícios, através da realização de análises, evitando adulterações nocivas à saúde pública.
Aprovado o plano de melhoramentos da cidade que incluía a criação deste estabelecimento, a Câmara Municipal do Porto promoveu o projeto de construção de um edifício com os requisitos de um laboratório moderno. A planta do edifício projetado, localizado a norte dos Paços do Concelho, próximo à Rua do Laranjal, foi aprovada em 9 de novembro de 1882, tendo o Laboratório Químico Municipal aberto ao público em 1884.
Este estabelecimento contava com uma equipa de pessoal constituída por um chefe de laboratório, um químico ajudante, um escriturário, um fiel de laboratório e um servente.
António Joaquim Ferreira da Silva, reputado investigador e professor da Academia Politécnica, foi o Diretor do Laboratório Químico Municipal.
O vereador José Correia Pacheco, em 25 de abril de 1907, propôs a extinção do Laboratório Químico Municipal. A fundação deste estabelecimento correspondeu a uma necessidade pública na época em que foi criado. Porém, entretanto, surgiram como concorrentes o Laboratório Químico Agrícola e o Laboratório de Higiene, dependente da Direção dos Serviços de Saúde Pública, dois laboratórios do Governo que faziam análises de géneros alimentícios.
A extinção do Laboratório Químico Municipal do Porto impôs-se como uma medida de boa administração municipal, sendo a proposta aprovada em 2 de maio de 1907. O estabelecimento encerrou definitivamente em 1910.