Documento/Processo, 1507/11/02 – 1507/11/02
Gabriel Gil, a rogo de Luís de Boiro, manda passar o traslado da carta de escambo que este estabeleceu com o abade do mosteiro de Fiães, ao qual envia igualmente uma cópia do documento. O escambo é estabelecido entre dois casais (casal de Aviçô e casal de rio Longo) que Luís de Boiro e Inês Gomes, sua mulher, têm no julgado de Vieira e as seguintes propriedades do mosteiro de Fiães: um casal situado na freguesia de Galegos, em Penafiel, um meio casal na freguesia de São Vicente, também em Penafiel e a quebrada de Carcavelos, no julgado de Felgueiras. O documento inclui ainda a carta pela qual Inês Gomes faz seu procurador o marido, Luís de Boiro (1507, Outubro, 20).
Documento/Processo, 1515/05/30 – 1515/05/30
António Puncio, núncio do Papa, outorga uma sentença na qual autoriza e confirma o escambo de uns casais efectuado entre Frei Diogo, abade do mosteiro de Fiães e Luís do Boiro, ouvidor nas terras do Marquês e Inês Gomes de Miranda, sua mulher.
Documento/Processo, 1499/08/06 – 1499/08/06
D. Manuel I confirma o aforamento perpétuo com que ficaram Gonçalo Vaz Pessoa e Catarina de Coiros, sua mulher, em virtude de terem comprado umas casas foreiras ao rei, na Rua Nova, a Catarina Dias, mulher de João Dias, pelo preço de vinte mil reais. Os novos foreiros ficam obrigados a pagar o foro de mil trezentos e oitenta e seis reais brancos e sete reais pretos devido pelas casas ao monarca. No presente documento vem transcrita a carta da referida venda (datada de 1498, Abril, 27, Porto) redigida por Pedro Cão, escrivão da Fazenda e Contos do rei. No verso do pergaminho está um registo (1502, Dezembro, 1) no qual Gonçalo Vaz Pessoa solicita a Pedro de Andrade, almoxarife e juiz dos reguengos e direitos reais que dê cumprimento ao estipulado na carta régia.
Documento/Processo, 1488/03/12 – 1488/03/12
Os pescadores das freguesias de São Cosme, Valbom e Santa Maria de Campanhã estabelecem um acordo com o abade e convento da igreja colegiada de São Martinho de Cedofeita pelo qual ficam autorizados a pescar e lançar redes na Ribeira de Abade, devendo por isso pagar à dita igreja de Cedofeita. Deste modo põe-se fim à contenda que envolvia ambas as partes envolvidas neste acordo.
Documento/Processo, 1505/04/24 – 1505/04/24
Nuno Álvares e Maria Domingues, sua mulher, dão a Diogo Brandão a sua quinta de Coreixas situada na freguesia de Santa Maria de Coreixas, julgado de Penafiel, como dote pelo casamento que este contraiu com Isabel Nunes, filha dos ditos Nuno Álvares e Maria Domingues.
Documento/Processo, 1476/08/28 – 1476/08/28
Afonso Vasques, comendador da Ordem de Santiago e provedor das obras da Sé, empraza por três vidas, com o consentimento da Igreja do Porto, a Pedro Álvares, mercador e a Beatriz Eanes, sua mulher, os campos, moinho e devesa pertencentes à obra da Sé que estão na Póvoa de Fundo, do termo do Porto, pela renda anual de cinquenta reais brancos (São Miguel de Setembre). Deverão pagar ainda lutuosa igual à renda.
Documento/Processo, 1535/01/28 – 1535/01/28
Jerónimo Brandão empraza em três vidas a Pedro Anes e a Isabel Álvares, sua mulher, umas casas dízimas a Deus, situadas junto a São Nicolau, pelo foro anual de 100 reais, a pagar em São Miguel de Setembro.
Documento/Processo, 1467/04/03 – 1467/04/03
Diogo Correia, inquiridor do número na cidade do Porto e Isabel Rodrigues, sua mulher, e Fernão Vicente, tabelião, em nome de Bartolomeu, João e Pedro Fernandes, seus filhos, e de Maria Colaça, mulher deste último, emprazam, por três vidas, a Samuel Saalom, alfaiate e a Dona, sua mulher, judeus, umas casas com seu enxido, situadas na Judiaria. Os outorgantes receberam esta propriedade por morte e herança de Estêvão Anes, freeiro e Beatriz Afonso, sua mulher (que traziam aforadas a título perpétuo da Câmara as ditas casas e enxido), avós de Diogo Correia, Bartolomeu, João e Pedro Fernandes. Os novos foreiros pagariam de renda aos outorgantes vinte libras e meia (São Miguel de Setembro), além do foro devido à cidade. Por último teriam ainda que dar de entrada um côvado de bordado a Diogo Correia.
Documento/Processo, 1513/02/22 – 1513/02/22
Gonçalo Anes, abade da igreja de Perozelo, com autoridade de Pedro da Costa, bispo do Porto, empraza em três vidas a Isabel Martins, viúva e a seu filho, Pedro Gonçalves, o casal da Ribeira, situado na freguesia de Luzim, propriedade da igreja de Santa Maria de Perozelo, pela renda anual de 300 reais (São Miguel de Setembro), um par de galinhas e uma marrã ou 150 reais (Natal), a levar à dita igreja de Perozelo. O documento inclui a descrição das parcelas que pertencem a este casal.
Documento/Processo, 1455/05/28 – 1455/05/28
Lourenço Fernandes, capelão do bispo do Porto e abade da igreja de São Romão de Vermoim na terra da Maia, empraza por três vidas a Álvaro Pires, lavrador, o casal de Real (pertença da dita igreja), situado na freguesia de São Romão de Vermoim, a seara da igreja com sua devesa e a vinha de Pombais. Pagaria de renda anual 12 libras da moeda antiga (terças do ano), um par de boas galinhas, quatro homens de geira para trabalho na vinha da igreja, cinco feixes de madeira para a vinha e cinco alqueires de pão ( três de centeio e dois de milho). Deveria pagar ainda de entrada um bom carneiro, uma fogaça de um alqueire de trigo e uma boa cabaça de vinho e de lutuosa 15 libras da moeda antiga.
Documento/Processo, 1534/08/28 – 1534/08/28
D. Pedro da Costa, em nome do convento de Paço de Sousa empraza em três vidas a João Anes o casal do Ermo, situado em Coreixas e que pertence à mesa abacial pelo foro anual de dezassete alqueires de pão meado, duas perdizes, duas galinhas e sete varas de bragal (Natal) a que se acresce a lutuosa de valor igual à renda anual.
Documento/Processo, 1427/07/07 – 1427/07/07
Rodrigo Eanes, antigo chanceler de Entre Douro e Minho e Guiomar Pires, sua mulher, emprazam por três vidas a Pedro Martins, filho de Martim Pires da Póvoa, e a Beatriz Eanes, sua mulher, o lugar da póvoa da Fonte da Moura, no couto de Cedofeita, com casa, pardieiros, lagar e águas, pela renda anual de 5 teigas de pão (metade de centeio e metade de milho) a pagar em São Miguel de Setembro. Os foreiros pagariam também lutuosa igual à renda.
Documento/Processo, 1488/02/28 – 1488/02/28
Maria Martins, a Preta, João Brandão e João de França, em seus nomes e em nome de Maria Afonso, apresentam uma partilha de bens de raíz efectuada por António Eanes e Afonso Eanes, "partidores", pedindo treslados desta mesma partilha. As herdades que são objecto de partilha são: uma casa de herdade, situada na Rua dos Banhos e uma casa, situada na Rua da Revolta (ambas foreiras dos herdeiros de Gil Carneiro) e, ainda um enxido que foi vendido em Massarelos por 450 reais. O auto de posse dos bens que foram partilhados foi registado no verso do pergaminho.
Documento/Processo, 1496/05/10 – 1496/05/10
João de Sá, fidalgo da Casa do Rei, vende a Nuno Álvares e a Maria Domingues, sua mulher, a quinta de Boi Louro na freguesia de Santa Maria de Vilar, julgado da Maia, pelo preço e révora de trinta e dois mil reais brancos.
Documento/Processo, 1500/02/11 – 1500/02/11
Álvaro Anes da Mota, escudeiro e Maria Domingues, sua mulher, vendem a Maria Pires e a seu marido Gonçalo Anes, marinheiro, umas casas junto à Porta Nova (nas quais Maria Pires e o seu marido moravam) que traziam emprazadas de Pedro de França e de Maria Gil, sua mulher, pelo preço de cinco mil reais da moeda corrente. No dia 3 de Março do mesmo ano, foi dado conhecimento a Pedro de França e a sua mulher da referida venda, à qual deram seu consentimento (isto se contém num assento acrescentado pelo tabelião ao texto da carta de venda). No pergaminho foi ainda registado um auto com a data de 15 de Abril de 1500, escrito e assinado por Pedro Álvares da Mota, filho de Álvaro Anes da Mota e escudeiro do Conde D. Diogo, no qual declara a sua aprovação ao negócio realizado pelo pai.
Documento/Processo, 1513/07/22 – 1513/07/22
João Anes de Figueiró e Inês Anes, sua mulher, vendem a Diogo Brandão umas casas situadas junto à Porta Nova (que herdaram de Pedro Álvares, sogro do dito João Anes de Figueiró) pelo preço de 20000 reais, ficando os foros da sisa a cargo do vendedor.
Documento/Processo, 1526/03/07 – 1526/03/07
Luís Gonçalves e Isabel Álvares, sua mulher, vendem a Diogo Brandão e a Isabel Nunes, sua mulher, umas casas em que viviam, com seu enxido, situadas na Rua de Belomonte pelo preço de 40000 reais. Vendem, ainda, o foro desta mesma propriedade ao concelho do Porto, a quem os ditos compradores ficaram obrigados de o pagar. Na mesma data, Isabel Álvares dá consentimento e autoriza a venda efectuada pelo seu marido o que vem registado neste mesmo documento (tabelião Brás Francisco). Na mesma data, Diogo Moreira toma posse das casas e enxido, em nome de Diogo Brandão.
Documento/Processo, 1445/07/16 – 1445/07/16
Abraão Benjamim, o Velho, ourives, e Isaac Odara, o Velho, gibeteiro, como procuradores de Abraão Bitom, filho de Ismael Bitom, ourives e de Cinfana, sua mulher (moradores em Tui, Galiza), vendem a Samuel de Vitória, ourives e a Dona, sua mulher, todos judeus, metade de uma casa com seu enxido na judiaria, junto ao mosteiro de São Domingos (a totalidade da casa pertencia ao referido Abraão Bitom e a sua mulher), pelo preço e révora de 7000 reais brancos. Parte deste dinheiro devia ser entregue a Salomão Belfurado, judeu, em pagamento de uma dívida que para com ele tinha Abraão Bitom. No mesmo dia (1445, Julho, 16), Samuel de Vitória tomou posse da referida propriedade. O auto de posse foi acrescentado ao texto do documento.
Documento/Processo, 1472/11/11 – 1472/11/11
João Rodrigues de Sá, fidalgo da Casa e do Conselho do Rei e alcaide-mor da cidade do Porto e Dona Margarida de Vilhena, sua mulher, vendem a João Rodrigues Brandão, cavaleiro da Casa do Rei e seu contador no Porto e a Beatriz Pereira, sua mulher, a parte que têm da Honra de Peroselo, no julgado de Penafiel, com todas as suas rendas, foros e direitos, pelo preço e révora de 14000 reais brancos. No dia 1 de Fevereiro de 1473, João Rodrigues Brandão tomou posse da referida propriedade. O auto de posse, feito por Gomes Dias, tabelião no julgado de Penafiel, encontra-se registado no verso do pergaminho.
Documento/Processo, 1478/01/08 – 1478/01/08
João Carneiro, o Velho, mercador, vende com o consentimento de João Carneiro, seu filho, a João Brandão, cavaleiro da Casa do Rei e seu contador na cidade e almoxarifado do Porto, e a Beatriz Pereira, sua mulher, metade do campo da quinta que foi vinha na Honra e freguesia de Peroselo (a outra metade já pertencia a João Brandão) e dois foros que ele, vendedor, recebia pelos casais que traziam João Anes e Fernão Álvares, tudo pelo preço e révora de dois mil reais brancos. No mesmo dia, Inês Anes, viúva de Afonso de Coiros e filha do dito João Carneiro, o Velho, deu o seu consentimento à referida venda (isto se contém num registo acrescentado pelo tabelião ao texto da carta de venda).